07 julho, 2015

Eu, só e sempre

Como querer ser tua
se eu mal me tenho?
Se nesse caos imenso,
eu mal me sustento
e nem me percebo?
Me olho nos teus olhos
mas não me vejo no espelho.
estou no meio do nada
sem caminho de ida
nem previsão de chegada.

e sempre só
me acalma uma jornada qualquer.
Perdida, despida de coragem,
me apego a cada estrela que corre no céu.
refaço o caminho que trilho em cada viagem,
fazendo da vida o que tem no papel.
eu, alheia sempre,
faço de mim uma eterna busca.
de um lado, a certeza
do outro, a dúvida.
não me permito proezas
tão pouco convicções.
Eu, mesmo só,
abraço a noite que chega sozinha.
No breu, eu me escondo melhor
A sós, eu me sinto mais minha.
quando me mostro extremamente vulnerável
eu,
não mais que um nó a ser desatado.

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