15 julho, 2014

Ensaio íntimo


Era perigosíssimo!
Odiava a visão de seu rosto em completa limpeza e do seu estado completamente sóbrio.
Havia uma fixação incontrolavelmente louca pelo abismo no qual se encontrava.
Abismo este que deixava tudo mais azulzinho. Um poeta em extremo desencanto consigo mesmo.
Uma alma, em suas próprias palavras, simplesmente perdida, em uma constante histeria.
Tinha uma tristeza explícita, completamente encantadora se vista intimamente. Malditos pulsos arranhados; cabeça sempre baixa, mas um olhar sempre atento. Sempre correndo perigo.
Era incapaz de amar, simplesmente.
Era incapaz de viver, simplesmente.
O que as pessoas diriam se o visse limpo, sóbrio e vivo novamente?

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