de cada uma que visse passar.
Parecia nunca estar sozinha
e, mesmo estando muito fria,
deixaria livre quem a deixasse livre pra amar.
Fazia da minha dor uma grande suspeita
e ainda dizia que sorrir nem sempre era a certeza
de que andava feliz.
Agarrando minha saudade na sua,
dizia que nunca mais sofreria por mulher nenhuma.
Talvez à noite, enquanto se embriaga,
e esfregava os olhos antes de dormir.
Enquanto a ressaca deixava sua fala triste,
me falou da constante presença do outro lado da cama.
Mesmo que entre elas, nenhuma ela ama
e sentia falta daquele amor que ainda existe.
"Mas não há cura pra distância", ela dizia,
"nem do quanto eu dependo de alguém".
Talvez um dia farei dela minha moradia,
mesmo que sua porta não se abra pra ninguém.
Não terei pressa pra eternidade, Espanhola.
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