arregace. não venha com carinhos, chamegos, afagos baratos. meu abraço é com o corpo inteiro, meu beijo não tem só lábio. não me confronte. não me estresse. não me subestime. sem cara feia, não tropeço em gente aporrinhada, mal amanhada; eu me defendo com baladeira. castigue. sem pena, sem asa, sem voo. venha com sua fuleiragem devagarzinho, na manha, arrastando a voz no pé do ouvido, esticando a língua no canto da boca; venha parando e arregace. venha, mas venha no fôlego, a gente se achega em qualquer cama pequena de motel barato ou em qualquer rede da minha sala de estar. língua na orelha pra mim não é só charme, aceito braços fortes nos quadris e unhas encravando as minhas costas como qualquer utensílio viável. meu corpo foi feito pra você encostar. caso o fira, eu não me importo. se debruce em mim; me ponha na tua lista do mercado; garanta minha vaga na tua cama; me deixe umas nudes vezenquando e se vicie em mim sem diagnóstico pessoal; me fode, de preferência sem compromisso, sem gatos nem filmes franceses. minhas coxas são suas, minha língua te cobre e eu prometo nem fazer alarde se você vier.
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