Álbuns nacionais que precisam ser ouvidos por você. Sério.

1-Phill Veras - Gaveta (2013)

A primeira música que ouvi do Phill, se não me engano, foi "Pode vir comigo" que apesar de ser uma de suas músicas mais conhecidas, não está inclusa em nenhum disco. A segunda foi "O piano". Na terceira eu já não conseguia me conter, e tive que baixar todas as canções que via pela frente. Gaveta é um dos melhores discos que já ouvi; e falo isso sem medo, pois apesar de não ter um acervo muito grande, esse maranhense de vinte e poucos anos me encantou de uma forma que nenhum outro será capaz de encantar. Melodias riquíssimas, esse violão que ele nunca larga e essa voz doce, calma, despretensiosa que entra no ouvido e faz questão de permanecer por anos. No meu está aqui até hoje.
Phill já lançou seu segundo disco, chama-se "Carpete". Lindo, porém Gaveta é incomparável.

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2-Rubel - Pearl (2013)

Sem desmerecer nenhuma canção sequer deste disco (o único do Rubel), "Quando bate aquela saudade" e "O velho e o Mar" são músicas que não me canso de ouvir. É de uma simplicidade incrível, e ele consegue tratar de temas do nosso cotidiano de uma forma singular e majestosa. Tão íntimo e ainda assim eu consigo me identificar facilmente. Pearl é um disco que me marcou inteiramente, sem mais.

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3-Ana Larousse - Tudo Começou Aqui (2013)

Ok. Eu conheci esta menina, eu conheci a voz desta menina, eu conheci seu violão, seu parceiro musical e suas inspirações. E ainda assim, não tinha ouvido "Tudo começou aqui" por completo. "Vai, menina" é uma das músicas mais lindas que já entraram pelos meus ouvidos, e para mim, se tornou algo particular. Ana conseguiu com que eu me identificasse plenamente com as letras destas canções. "Café a dois" e "Menino Maroto" são outras que não passam despercebidas. É de uma delicadeza extrema, uma voz extremamente doce, impossível não se apaixonar assim, de primeira.

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4-Marcelo Camelo - Sou (2007)

Eu juro que se o Camelo não deixar de ser tão foda, cada frasezinha sua de abandono estará cravada na minha pele. "Mas, Natália, você está atrasada. O Marcelo já tem seu terceiro CD solo, e acabou de gravar um com uma banda." Que aliás, só de passagem, o disco da Banda do Mar ficou incrível. Só que, acontece queridos leitores, que "Sou" é um disco que superou todas as minhas expectativas. Que me fez madrugar ouvindo aquele assovio desgraçado de "Doce Solidão", fez com que eu desse boa noite às minhas lágrimas com "Santa Chuva" e de quebra fez com que eu ouvisse cada vez mais a Mallu, depois de "Janta". É difícil falar sobre o Marcelo, ele está aí há tanto, mas tanto tempo, e eu ainda não consigo descrever o que essas suas composições de bêbado abandonado reflete na minha alma.

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5-Rodrigo Amarante - Cavalo (2013)

Eterno ruivo! O Amarante não me impressionou com este disco tão esperado. Eu já tinha a plena certeza que seria um de seus melhores projetos. Com essa voz rouca e inconfundível, as canções deste álbum foram feitas para uma madrugada de insônia, cervejas e saudade. "Irene" e "Tardei" são minhas preferidas. Eu sei que dá uma nostalgia àqueles que ouviam Los hermanos desesperadamente (como eu), mas não podemos negar que a carreira solo do Rodrigo e do Camelo está impecável. Tenho algo de especial com este disco e sei o quanto ele traz de consolo e conforto.

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6-Wado - Vazio Tropical (2013)

Apesar da composição não ser do Wado, "Flores do Bem" é, para mim, a faixa mais linda e expressiva do álbum. Creio que as participações especiais tenham sido o maior acerto deste disco. "Zelo" com a participação excepcional do Cícero; "Flores do Bem" com Momo; "Tão Feliz" com o vocal do Marcelo Camelo; em fim. Eu tinha uma certa implicância com a voz do Wado, mas não tive como não me render à beleza que é este álbum. Vale ressaltar, inclusive, que o moço não é tão novo no ramo. Já vem na estrada com uns 7 discos lançados; discos estes que ainda não tive o prazer de ouvir por completo, mas já é explícito a maturidade dele em Vazio Tropical.

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7-Mallu Magalhães - Pitanga (2011)

É claríssimo a maturidade na voz da Mallu para quem a acompanha há um certo tempo. Parte disto, se deve, sem dúvidas, à parceria com o Camelo. Pitanga é o meu álbum preferido dela, me encantou de uma forma única. Sua voz e seu jeito leve, de criança quando vê o mar, é contagiante; e suas canções se tornaram cada vez mais expressivas. Principalmente porque ela coloca todo os seus sentimentos afetivos nas letras. "Velha e Louca", creio que sua música mais conhecida; "Olha só, moreno"; "In the Morning"; "Cena" e "Sambinha bom" não podem faltar na minha lista. Aliás, Mallu nunca falta na minha lista.

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8-Marcelo Jeneci - De Graça (2013)

Foi uma eternidade para escolher entre "De Graça" e "Feito Pra Acabar", os dois álbuns do Jeneci. E eu ainda não consegui definir qual é o melhor; e sei que nunca conseguirei. "Tudo bem, Tanto faz", interpretada pela Laura -parceira musical do Marcelo- é a faixa mais linda deste disco. As letras são incríveis, cheias de sentimento, de conselhos sobre as formas de viver e de sentir. E acaba misturando celebração com melancolia; o que dá um resultado, sem dúvidas, majestoso. Outras faixas como "Temporal", "O melhor da vida" e "Um de nós" estarão sempre rondando por aqui.

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9-Tulipa Ruiz - Efêmera (2010)

Com certeza o meu encantamento por este disco não é nada efêmero. Conheci a Tulipa a partir de um vídeo dela cantando "Dois cafés" (incluída no disco mais recente, Tudo Tanto) com participação do Lulu Santos. Foi amor, gente. E então pude conhecer melhor o seu trabalho em "Efêmera" que é o seu primeiro álbum e o meu preferido. Nele, se destacam as faixas: "Do amor", "Efêmera", "Pedrinho" e "Só sei dançar com você". Aliás, a última teve uma regravação da Tiê. Tem uma voz doce, incomparável, uma sutileza e uma sensualidade sem igual. Flertemos com essas canções numa tarde ensolarada de um domingo enfadonho.

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10-Phillip Long - Sobre Estar Vivo (2012)

Conheci as músicas do Phillip há pouquíssimo tempo. Acho que a primeira foi "Want Someone To Remember Me" com participação especialíssima do Phill Veras, incluída no disco Gratitude. Encantei-me rapidamente pelas suas canções sempre sentimentais e que transparecem uma melancolia muito parecida com a dos Smiths. E isso fica cada vez mais claro no seu álbum mais recente, intitulado de "A Blue Waltz". Porém, voltando ao Sobre Estar Vivo, canções todas em português, o que não é tão comum no Phillip, faixas como "Raízes no quintal" (minha preferida); "Rapaz do interior" e "Ciclo Natural" se destacam muito facilmente. É para ouvir num fim de tarde, quando se está sofrendo por alguém.

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11-Maglore - Veroz (2011)

























Sim, eu ouço bandas! Aliás, Maglore está se tornando uma das minhas preferidas. Dizem que parece muito com Los Hermanos, concordo com a afirmação e creio que seja por isso também. Porém, eles têm uma linguagem própria, um som único, difícil de encontrar nas bandas alternativas atualmente. A primeira música que ouvi foi "Às vezes um clichê" incluída no disco, e a minha preferida. Após um longo tempo vieram "Demodê" e "A sete chaves" que são outras faixas belíssimas do álbum. A banda já tem seu segundo disco, intitulado de "Vamos Pra Rua" que também ficou incrível com participações de Carlinhos Brown e Wado.

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12-Thiago Pethit - Estrela Decadente (2012)

Pethit brilha tanto quanto o título deste álbum. Todas as suas músicas, incluindo as de Estrela Decadente, são explicitamente depressivas. E é essa tristeza, como com o Phillip, que me encantou de uma forma absurda. A primeira canção que ouvi do rapaz foi "Pas de Deux", que tem um clipe incrível e está inclusa neste disco. A segunda foi "Moon" e eu já tinha consciência do quanto essas músicas faziam questão de permanecer na minha vida. Com participações divinas da Mallu Magalhães e da Cida Moreira, tenho a sensação de que este álbum é o mais expressivo, o mais particular, o mais íntimo do Thiago. Isso porque ele compôs as canções num momento muito difícil emocionalmente e conseguiu expressar todo o seu sentimento como um grito forte, uma linguagem, em suas próprias palavras, decadente. Outras faixas como "Perto do Fim" e "Devil in me" se destacam facilmente.

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13-Leo Fressato - Canções Para o Inverno Passar Depressa (2013)

Só não coloquei o Leo perto da Ana Larousse nessa lista por esquecimento. Mas a verdade é que na vida real os dois não se desgrudam. Tanto o disco dele quanto o dela, mostram essa parceria que vem tomando fôlego há anos e que faz um bem incrível para a carreira dos dois. Canções Para o Inverno Passar Depressa -o primeiro álbum do Leo- é de uma simplicidade belíssima, de uma paixão com a natureza, com as formas de se amar. As faixas que se destacam são "Não há nada mais lindo", "Borboletinha", "Oração" e "Enquanto eu não" (esta tem um clipe com participação da Ana). Eu me apaixonei fortemente pelas canções do Leo. Assim mesmo, fortemente.

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14-5 à seco - Ao Vivo no Auditório Ibirapuera (2012)

Esses rapazes formam uma das melhores bandas de mpb atualmente. O primeiro disco, gravado num show em Ibirapuera, é o retrato de uma sincronia belíssima e de canções que rodeiam a alma. São letras bem pra cima, de deixar a tristeza de lado, de dar presença ao lado mais desejado da vida. "Gargalhadas", "Pra você dar o nome", Feliz pra cachorro" e "Em paz", com participação mais que especial da Maria Gadú, são canções que não esqueço de ouvir numa manhã preguiçosa e ensolarada.

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15-Cícero - Canções de Apartamento (2011)

Sim, foi proposital eu ter deixado o álbum do Cícero por último. Primeiro, porque eu procurava palavras, e segundo porque eu não encontrava palavras. Conheci o Cícero dois anos após ele ter lançado o Canções de Apartamento na internet, e desde então, tornou-se o meu álbum preferido. Sim! De todos esses que citei, o do Cícero é o mais encantador, mais expressivo, mais apaixonante, mais viciante e tantas outras coisas. Seu segundo álbum, o Sábado, não fica atrás. E apesar de ser bastante diferente, me encantou tanto quanto o primeiro. O violão como base principal, e essa voz simplesmente en-can-ta-do-ra, me deixaram a mercê de todas as canções. Exatamente todas. Da primeira à décima. Sem exceções.

O disco completo:
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