É o que me mata
a minha impotência diante da TV.
Eu tive medo
de me esconder dentro da rede
e a corda se torar com o meu peso.
O peso do meu corpo
da minha consciência
do fio do meu cabelo.
Me comprei sem devolução
é o que me mata
me dividir em duas
e ter que usá-las
com a mesma intuição.
É porque me dopo
que garanto meu voo livre
que me escondo na sacada.
Eu grito seco
porque meu peito pede
mas minha boca para.
É o que me mata
se eu peço pra sofrer
que doa
-e vai doer-
porque mereço.
Mas não me deixo
mais
diante da submissão:
carrego metade da fala
na cara
e metade do que falta
no coração.
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