
construir prédios e subir andaimes
o poema torna-se um fiasco.
e que pena que dá
o poema é quase um membro da família
poema passa a mão no meu tempo
e toca no céu da minha boca
não quero mais beijar de acordo
trapaceio as testas e desvio pro lábio
de qualquer um
digam ao poema que abrirei as pernas pra outro.
não tenho medo.
do alto dessa lamúria
enxergo os dedos tácitos da menina
não me farei mais ingênua.
escrevo
e é só isso que o mundo precisa saber sobre mim.
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