Um filete de areia na calcinha e o mar que anuncia:
estou no brilho.
A saia verde e minha boca coçando você beija
O espanto na cara e meu lóbulo cansado você beija
Os sulcos na pele e mais sulcos na minha pele você beija
Dorme, eu ouço.
Os ombros colados e uma cócega na vulva
pra que me faça perder o medo
E eu afronte minha casa.
Assim te amo. Como correr na praia
a água morna forrando o corpo, a pele secando no sol.
O silêncio das tuas mãos e um dedo que desce bonito
Umidifica meu cansaço, me alimenta
Me sucumbe a um desejo antigo de ser comida
Aroeira, serralha, flor-de-pincel
Te amo nos poros e nos vultos: a palavra envolta no
tempo. Te amo no susto de não ser amor talvez
outra coisa
Uma saliva vazando da boca
atrapalhando acanhamentos.
Porque te amo tateio essa língua
que faz uma mulher prender nos dedos um mói de lençol.
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