22 agosto, 2017

frívola inerte operante

no fim
teu fluxo na boca
me oprime
me rotula
se tornou sulfato em riscos pela língua
ainda sim te gosto
te tenho nos joelhos
porque sou bicha
física, mental, corpórea
metalinguística
te cuspo aos montes sem escarro
porque prefiro viva a dor
que manchada no meu colo
sem cor, sem gosto
me p(refiro) assim puta
afrontosa
cigana
hilda, encosta em mim e fixa
feito lodo
onde escorrego fácil
onde frágil permaneço
meu sufixo
são meus glóbulos vermelhos
meu cabelo crespo
minha senzala
própria
não deixo que vejam meus colapsos

descanso
já me tornei a frívola inerte operante
que pretendia

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