08 setembro, 2017

soco na boca

mistério profundo limbo crescente
eu sorrio cínica pros meninos do bairro
e atropelo pedras
não me aquieta o soco na boca o líquido grudento
adoraria chorar no peito de um piloto
e se eu te disser que meu gostar por você jamais
se tornará amor e eu te deixarei morrer seco balançando
em fio de cobre, enferrujado, diante desse doce
amargo que recuso?
não tenho pressa, amor
de me tornar puta.

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